sábado, outubro 29, 2016

A JORNA DO DITO BANQUEIRO ANARQUISTA

 

O draconiano mercado tudo trafica, tudo subordina, e até mesmo o absurdo se transaciona. Torna-se casa de câmbio, lugar súpero no qual se opera o valor de troca dos homens. Muitos, diminuídos a ser valor produtivo e manadeiros de uma mais-valia extraível. Outros, igualmente numerosos, contas feitas, nada sendo, acrescentam uma maçada afinal utilizável. Neste pronunciado esboço, remanescem uns poucos. Gente providencial e qualificada que, agadanhando o frutuoso devido, com competência reconhecida, orientam a arrumação acertada dos demais merecimentos. Não só materiais como, principalmente, os simbólicos.

Daí, ser neste espaço subjetivo que a tagarelice de uma linhagem conceptual e argumentativa situa as suas necessitantes e pautadas arquiteturas que mantêm, reforçam e legitimam a batota social e económica. Ou, melhor dizendo, encenam as vantajosas patranhas que aclimam as gentes às obscenas desigualdades que perpetuam uma estirpe de moralidade, em que o pecado da injusta arbitrariedade, não só é absolvido, como se apresenta curandeiro. Conforme se comprova, discorrendo pela via láctea recortada pelas altas nuvens do rigor, da isenção e da juridicidade. Chover no molhado é, certamente, desperdício. Isto dito, passemos então à frente…

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