O cão e o gato, mesmo quando exultantes, não riem. A todo o momento, os humanos-bichos-do-mato podem levar o sorriso aos confins da gargalhada. Aqui habita uma estranha diferença digna de ser esgravatada. Desejavelmente, até ao fundo do seu tutano, não obstante as múltiplas teorias a respeito deste social afogo e dos seus peculiares roteiros espraiados sem limites. Para proveito humano e do humano, decerto interessa ousadamente insistir nele, no riso.
O riso é sempre bem-acolhido. Quando a liberdade cumpre a sua parte e o riso alegra o clima. Melhor ainda, se arruma o seu júbilo à serventia do pensar, escarnecendo sobre os ondulantes artifícios das certezas que ordenam as superfícies sonsas das nossas vidas. A sua autora ironia, com malícia encostada, habilmente apresentada, cumpre então aquele vital divertimento de nos devolver as coisas da vida de modo mais aprazível e saudável. Diante disto, enobrecer o riso com humanidade, não só traz vigor à Vida como encanta a sua condição (a Liberdade) e cuida do seu destino (o Outro).
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