quarta-feira, agosto 23, 2017

ESTAREI ENGANADO?



Eis uma exposição, do meu ponto de vista, demasiada esquemática para a complexidade de valores nela inscritos e que muito prezo, tais como a partilha, o respeito e a verdade. Como diria Bragança de Miranda, na sua "Teoria da Cultura", o método pode conduzir a uma complacente tecnologização do pensamento. Se não vejamos; o que aconteceria se todos os presentes observassem o princípio aqui defendido? O improvável silêncio tornaria impraticável o próprio princípio e o cenário convertia-se num absurdo ridículo. Assim sendo, ante tal consequência original, o princípio revelar-se-ia contrafeito, porquanto não resistiria ao limite da sua possibilidade. Moral da história; saber ouvir é, ou deve ser, um valor de apreço e respeitabilidade pelo outro e pelo afazer que os une e, de modo algum, no meu entendimento ético, um desvalor perverso assente no cálculo, na necessidade, e sabe se lá, se na exploração da seriedade e da inteligência do Outro. Estarei enganado ou, de facto, em presença de um tolo chico espertismo da insolvente modernidade?

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