domingo, dezembro 24, 2017

A "IDEOLOGIA DO AMOR" EMPACOTADA PELO TALENTO CONSUMISTA


Moita Flores, escreveu. Um texto divino, embora implacável. Eu sei, eu sei que esta simples e banal verdade das prendas natalícias amofina muitas e boas pessoas. Ainda assim, não deixo de desejar a todos, mesmo aos aborrecidos pela dureza do texto, que tenham as suas "prendas felizes". Porém, as prendas que desejo não as encontrarei, certamente, nesta data de um culto de "poeira efémera", desde há muito, dissoluto pelo selvagem consumismo.

Venham-me os genuínos e humanos afetos. Não aqueles outros umbigados que vivem de abstrações acolchoados de egotismo e filáucia. Aconteçam-me, sim, sociabilidades singularizadas pela disponibilidade sincera de abertura e autenticidade. Dispenso a tentativa de comunicar onde a partilha do comum não se faz busca, vínculo e amizade. Não aceito "ver-e-sentir-me" um ser meramente vegetativo, parte tola de um ritual e contrafeito aparato natalício. Sem este espírito, nem esta exigente verdade, duvido que possa existir O NATAL. Apenas se me cumprirá mais um falto e árido natal.

Sem comentários:

Enviar um comentário